quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Macacos me mordam !!!

Postado originalmente em 16/Set/2007

Charles Darwin afirmava que o homem veio do macaco.

Embora milhões de pessoas creiam nisso, "muá" sou terminantemente contra a teoria do evolucionismo, por uma simples razão.
Nada que é deixado à sua própria sorte se modifica pra melhor.



Experimente, por exemplo, deixar o seu quarto sem arrumar ou limpar durante algumas semanas; ou então deixa a pia cheia de louças durante dias pra ver se algo acontece; ou ainda, deixe seu quintal ou roça sem limpar e fique sentado esperando pra ver se as ervas daninhas secam e desaparecem sozinhas.

O mesmo se aplica a tudo na vida. Não adianta esperar notas boas nas provas escolares se você não estudar; não adianta esperar promoção no emprego se você é um funcionário desleixado e morcegão; não adianta reclamar da falta de clientes se você é um profissional prestador de serviços que não cumpre seus contratos ou faz tudo mal feito.

O maestro Eliezer Barbosa falou, em um excelente sermão que pregou na igreja de Vila Nova, sobre a semana da criação, citou que o Criador de todas as coisas foi preparando cada detalhe do novo mundo com muito capricho e dedicação. E no final, Ele próprio afirmou que tudo estava muito bom.

Sem dúvida, essa é uma grande lição para quem gosta de ficar esperando tudo cair do céu. Quer um conselho ?? Participe do milagre você também.

A Adão foi designada a tarefa de dar nomes a todos os animais.
E você ?? Qual a sua tarefa nesse mundão de meu Deus ???

Uma das coisas que traz satisfação para o ser humano são as realizações.
Nada substitui o prazer de contemplar uma tarefa concluída com sucesso, mesmo que seja algo muito simples.

Constantemente eu puxava a orelha de alguns coristas de um grupo musical que coordenava em minha igreja. O assunto era recorrente. Algumas “estrelas” insistiam em crer que não era preciso ensaio, concentração ou foco para se conseguir perfeição nas canções que formavam o repertório do grupo. Achavam que tudo ia se resolver automaticamente. Grande engano !

A verdade é que se você plantar um caroço de manga, jamais irá nascer dali uma bananeira.
O Livro Sagrado diz: “ O que o homem semear, isso haverá de colher

Então, escolha boas sementes;
Plante (mesmo que o solo esteja duro);
E colha os frutos deliciosos no momento em que você menos esperar.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Chatice crônica

Ter amigos é ótimo. Até já falei disso na matéria amigos ou colegas.
Apesar da benção que é a amizade, existem alguns “abençoados” que são verdadeiras malas sem alças e sem rodinhas.

Tenho um amigo que simplesmente não conhece o que é bom senso.
Sobre aquele aparelhinho chamado “desconfiômetro” ele nunca ouviu falar da existência.

O aborrecimento é constante. O sujeito pede favores ultra mega hiper super difíceis, costuma ligar altas horas sem motivo (altas horas mesmo, de meia-noite pra frente), se ele está afim de contar uma daquelas histórias chatas e você diz que tá ocupado, ele ignora tudo e continua falando... falando... falando... bla....bla...

Sempre me perguntei por que continuo tolerando esse amigo inoportuno e inconveniente e acabei descobrindo uma grande verdade cósmica e apocalíptica:
EU TAMBÉM SOU UM CHATO. (em menor grau é claro !!!).

Com certeza deve haver alguém que é alvo das minhas chaturas e aborrecimentos, assim como sou alvo das chatices do amigo acima citado.

E depois que comecei a pensar dessa forma, passei a ficar mais atento às coisas que falo com meus amigos, se minhas histórias não estão muito demoradas, se os favores que peço são plausíveis, se não estou obrigando alguém a ouvir uma música ou ver um vídeo no youtube num momento em que não quer, e muitas outras coisas que pra mim podem até ser boas, mas que para outras pessoas talvez sejam intoleráveis e irritantes.

Nada mais certo que a expressão “cada cabeça é um mundo”, pois percebemos, pensamos e agimos de forma diferente um do outro. E nada mais chato do que alguém tentando nos ensinar a pensar ou raciocinar da mesma forma.

Por isso também passei a tomar cuidado com essas famosas palestras de motivação pessoal ou profissional que, em raras exceções, não passam de gente querendo impor suas fantasiosas “formulas mentais” nos outros.

Já dizia Roberto Shinyashiki:
- CUIDADO COM OS BURROS MOTIVADOS; matéria interessante que pode ser lida na íntegra clicando nesse link: http://www.terra.com.br/istoe/1879/1879_vermelhas_01.htm

Usando o bom senso tudo fica melhor. E respeitar a forma de ser e de pensar das outras pessoas é uma boa maneira de combater a chatura. E por falar em chatura, vou parar por aqui com esse tema, antes que eu comece a chatear você que tomou tempo precioso do seu trabalho ou do seu delicioso ócio para ler esse blog.

PS: Se chateei alguém com essa matéria, favor desculpar.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

A terceira e a quarta milha


Na bíblia existem muitas passagens importantes e inspiradoras. Porém, esta semana, uma delas me chamou a atenção. Está em Mateus 5:41 e diz assim: “...Se alguém te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas...”

Há quase 15 anos eu estava frente ao altar na Igreja Adventista central, por volta das vinte horas de um domingo chuvoso e ao mesmo tempo calorento e abafado.

Quando o pastor proferiu as célebres frases: “...na alegria ou tristeza, na riqueza ou na pobreza, na saúde ou na doença...”, confesso que eu não fazia idéia do que isso realmente significava.

Logo após o nascimento de minha terceira filha (levei bem a sério esse lance de “crescei e multiplicai-vos), pude descobrir o que isso significava. Minha esposa foi acometida repentinamente de uma gravíssima doença chamada trombose.

Foi muito assustador ouvir o médico me chamar em uma sala em separado e dizer que eu poderia perdê-la a qualquer momento, pois o coágulo (trombo) que se formara em sua perna direita poderia se soltar e ir pela corrente sanguínea até os pulmões, provocando uma embolia fatal. Foi uma "milha" difícil de andar. Ver quem você ama atravessando o vale da sombra da morte te faz repensar sobre um monte de coisas.

Felizmente, após tomadas as medidas emergenciais e depois de um dispendioso e demorado tratamento, ela se restabeleceu completamente.

Foram dias de muita ansiedade e medo, pois minha mãe também estava passando por algo ainda mais terrível – O Mal de Alzheimer. Como resultado da associação do Alzheimer com o Diabetes, minha mãe acabou falecendo em 02 de Abril de 2006, deixando uma grande lacuna em nossas vidas. Eu acabara de andar a segunda milha.

Certa vez conversei com um amigo que já havia andado a terceira milha e já avistava trechos da quarta. Sua esposa sofria de uma grave doença do sistema urinário. Os rins e bexiga estavam totalmente comprometidos. As internações eram freqüentes, o sofrimento fazia parte do cotidiano daquela família, bem como as viagens aos grandes centros à procura de tratamento especializado. E isso já se arrastava por anos.

Ele me confidenciou, na ocasião, que estava sentindo vontade de se separar, pois achava que o fardo estava muito acima de suas forças. Além disso havia a interferência da família dela em diminuir tudo o que ele havia feito para ajudá-la.

Me contive para não censurá-lo. Não achei que tivesse esse direito. Apenas ouvi seus lamentos e a descrição do triste momento, à madrugada, quando ele, por insistência dela, principiou o assunto. Como os ânimos se exaltaram, ele tentou recuar e adiar a conversa, mas já era tarde. Ela estava decidida a beber daquele amargo cálice e ouvir da boca dele que seria abandonada no pior momento de sua vida.

O resultado é que ela teve um AVC (popular derrame cerebral) e não estava movimentando um dos lados do seu corpo. E ele estava se sentido muito mal por ter contribuído para o agravamento do sofrimento daquela por quem um dia nutriu o sentimento da paixão.

Logo que encerrei a conversa com ele, peguei o telefone e liguei para minha esposa. Me vieram lágrimas nos olhos quando eu disse novamente que estava pronto para andar com ela a terceira, quarta, quinta ou quantas milhas fossem necessárias.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Garganta do Diabo

Era o dia 3 de Novembro de 1989, sexta feira. 04:15 da madrugada. O despertador dispara... triiiiiiiiiiiiimmmm (trim mesmo, não havia celular nessa época). Acordei sobressaltado com medo de ter perdido a hora. No dia anterior havia dormido tarde devido à expectativa da viagem.



Alguns minutos depois estávamos reunidos na casa do Paulão, que na época ainda morava vizinho de Dona Artêmia. Tiramos o pão integral das formas e colocamos na mochila. Jacksoney (irmão de Jaqueline, esposa de Cássio policial) ajeitava a divisão da barraca em três partes; dividimos também as frutas, verduras e as panelas que levaríamos.

Em pouco tempo estávamos a caminho da Igreja Central, de onde partiríamos em direção à Pedra do Fritz, na vizinha cidade de Lajedão. Atravessamos animadamente as silenciosas ruas, enquanto falávamos de assuntos triviais.

Quando chegamos ao ponto de partida, a caminhonete que nos levaria já estava posicionada; e todos acomodavam suas bagagens. Logo a "tropa de elite", composta por cerca de vinte e poucos homens, estava completa e descemos a ladeira da Rua Águas Formosas em direção ao nosso destino.

O dia estava nublado e durante a viagem sentimos um pouco de frio, pois fomos na carroceria do veículo, sem nenhuma cobertura. Chegamos à fazenda próxima à grande pedra, cumprimentamos os proprietários e vaqueiros, que nos desejaram boa sorte. Imediatamente saimos em direção à enorme elevação rochosa – o Fritz, que se mostrava desafiador e imponente como um impávido colosso.

No caminho nos deparamos com um riacho que, naquela hora da manhã, estava super gelaaaado. Molhamos as pernas para poder atravessar. Caminhamos mais alguns minutos e chegamos ao pé do gigantesco bloco de granito. Só de perto é que conseguimos ter noção de sua altura e de como era íngreme a subida.

Tomamos coragem e começamos a escalada. Como estávamos com um peso considerável, a subida não foi tão rápida. Levamos cerca de 2 horas pra chegar ao topo. Foi extremamente cansativo. No meio do caminho, o que eu pensava era em desistir. Mas aqueles que já conheciam a vista maravilhosa lá de cima me encorajaram e acabei recobrando o ânimo e segui em frente.

À medida que subíamos, o ar ia ficando rarefeito e era necessário respirar mais rapidamente para compensar a falta do oxigênio, que insistia em não chegar aos pulmões da forma como estávamos acostumados na baixa altitude.

A meta era ficar 3 dias, já que havia uma pequena fonte. Improvisamos uma pequena bica para direcionar a água (gelada que chegava doer).

No sábado realizamos cultos e caminhamos pelo terreno para conhecer melhor.
Havia muita vegetação, inclusive grandes árvores. Logo a galera descobriu um lajedo descoberto, onde jogaríamos uma “pelada” no domingo cedo.

Nos dirigimos então ao ponto forte da viagem. A GARGANTA DO DIABO (alguns chamavam também de gogó do dema).
Era um imenso paredão vertical, de onde se tinha a exata noção da altura onde estávamos, pois cortava em linha reta um dos lados da grande pedra. Era quase um quilômetro até o solo. Para ver melhor, era necessário se deitar e ir se arrastando devagar, enquanto alguém segurava seus pés para que não corresse o risco de despencar em queda livre. O vento fortíssimo sacudia nossas roupas e confundia nossa audição. Uma sensação incrível, só estando lá pra saber.

Levamos também uma luneta, e de lá conseguíamos enxergar partes de Nanuque e de outros lugares próximos. O céu noturno era um espetáculo indescritível.

No domingo à tarde desmontamos o acampamento e começamos a descida, que foi muito pior que a subida. Ao chegar embaixo as pernas não paravam de tremer nem um segundo, pois o peso da descida acabou com nossos joelhos. Mesmo assim, a sensação de ter vencido aquele desafio superava a canseira.

Nossos pés estavam assados de tanto caminhar e ficamos até felizes quando reencontramos aquele riachinho, que dessa vez nos refrescou, pois a tarde estava bem quente. Voltamos à fazenda, aonde o caminhão nos esperava para tomarmos a estrada rumo às nossas casas. Naquele momento, a única vontade era de chegar em casa e tomar um bom e caprichado banho.

Nunca mais retornei ao Fritz. Mas as lembranças ficaram bem nítidas em minha memória. Qualquer dia desses tomo coragem e volto lá...

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Covardia domiciliar

Na casa de meus pais eu nunca havia lavado um copo.
Simplesmente comia, dormia e estudava. Não fazia idéia de onde vinha a comida e nem esquentava a moleira para o esforço que meu pai fazia para “colocar o feijão na mesa

Sem contar ainda que eu recebia a comida, quentinha, já servida no prato. E enquanto eu começava as primeiras garfadas, minha Mãe fritava ovos para completar a comilança.

As águas do rio Mucuri passaram (muitas águas, por sinal), cresci, tornei-me um homem e me casei. Foi uma cerimônia lindíssima e todo mundo estava muito feliz.

No dia seguinte, já estávamos em nossa casinha, desfrutando de uma preguiçosa manhã de verão. Foi quando aconteceu algo que mudou radicalmente a minha vida.

A minha esposa fez um delicioso almoço. Daqueles caprichados pra garantir a satisfação do maridão. A comida fumegava no fogão e o cheiro dava água na boca. Mais alguns minutos e tudo estava pronto. Só faltava comer.

A mesa foi posta cuidadosamente. Os pratos e talheres todos posicionados.
Foi quando a minha digníssima pegou o prato dela, foi até o fogão, se serviu, tomou assento à mesa e começou a comer.

Nisso, olhei estupefato para ela e perguntei:
- E eu ??? Quem vai servir o meu prato, amor???

Ela respondeu com uma estranha calma de assustar batalhões:
- Meu amor, a parte mais difícil eu já fiz, que foi cozinhar. Agora é só você colocar no prato.

Naquela hora a ficha caiu. Meus dias de mordomia haviam acabado (chorei amargamente, rs rs rs). A partir daquele momento entendi que a vida a dois requeriria mudanças drásticas em minha forma de ver o mundo.

Felizmente entendi que quando perdemos alguma coisa, podemos ganhar outra bem melhor. Com o passar dos anos nos tornamos parceiros e cúmplices. E sempre nos apoiamos mutuamente nos momentos mais difíceis.

A maioria das pessoas não consegue entender isso. E frequentemente homens e mulheres perdem grandes chances de serem felizes por simplesmente não querer se colocar no lugar do outro e reconhecer seus esforços.

Ah! Se eu tivesse atingido essa maturidade mais cedo. Teria ajudado muito mais à minha mãe (que hoje não vive mais). Teria arrumado mais vezes a minha cama ao levantar, teria guardado meus sapatos no lugar certo ou pelo menos tirado o prato da mesa ao terminar. Tento dia e noite fazer com que minhas filhas não cometam o mesmo erro.

Hoje me parece uma tremenda covardia sobrecarregar tanto uma mulher.
Recentemente uma amiga de uma cidade vizinha falou, assentada à nossa mesa, que seu marido simplesmente se virou pra ela e disse que não tava mais afim dessa “vida de casado”. Que não iria mais ajudar em nada. E foi mais longe. Deixou ela toda enrolada financeiramente, pois também se negou a ajudá-la nos compromissos financeiros feitos anteriormente. Uma covardia de enfurerecer até o paciente Dalai Lama.

Nesse ponto, começo a pensar como seria o mundo se fizéssemos apenas o que nos agradasse ou nos desse vontade. Com certeza nos degradaríamos tanto que desaparecíamos do planeta. Se bem que isso já aconteceu. Basta ler a história de Nóe e sua arca em Gênesis.

Vamos parar e pensar um pouco.
Tanta tecnologia no mundo e tanta falta de senso. O conhecimento global aumentando e a inteligência individual se perdendo ao redor do umbigo de quem acha que o universo gira em torno de si. Essa galera não sabe nem a hora que tá com fome.

Por falar em fome, já são 20:43
Vou pedir uma pizza pra turminha. O regime então, vai pras cucuias. Eita barriguinha difícil de tirar... !!!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Mulher no volante, (...) constante

Photobucket


Minha mulher queria fazer auto escola.
E nada tirava da cabeça dela essa vontade de possuir carteira de habilitação. Afinal, as duas irmãs dela dirigem, a prima dirige, a tia dirige e um planeta inteiro de mulheres também dirige.
E sem contar ainda, a real necessidade de se locomover pra resolver assuntos importantes como: compras, compras, compras, etc.

Pra minha felicidade (ou talvez não...) uma auto escola daqui fechou um contrato de publicidade comigo e o valor seria o suficiente para custear as benditas aulas.

Pensei... pensei... pensei... e resolvi ajudar a minha vizinha de travesseiro a realizar o sonho de “pilotar” uma outra coisa de quatro rodas (os fogões tem quatro rodas sim. Só conferir, rs rs).

Depois de muito esforço e dedicação, finalmente ela conseguiu ultrapassar todas as etapas necessárias (psicotécnico, legislação, etc) e chegar ao pavoroso e aterrorizante teste de direção na rua. Há muito tempo eu não via minha "sócia do cartão de crédito" tão ansiosa (leia-se obsecada, rs). Ela passou com muita competência e sem nenhuma nódoa. Agora ela é uma motorista habilitada.

De agora em diante tenho receio que aumentem ainda mais as “orientações” quando eu estiver dirigindo em companhia da nova especialista em trânsito. Antes mesmo de ser motorista, ela já me "aconselhava" o tempo todo dizendo:

- Tá rápido demais meu bem;
- Olha a bicicleta cabeçudo;
- Olha o velhinho pensando em atravessar;
- Acho que não vai dar pra ultrapassar a carroça amor;
- Cuidado pra não atropelar a criança ... o gato... o cachorro... a lagartixa... o passarinho... e blá blá blá !!!

E não é que de tanto ouvir essa profícua cantilena acabei ficando um motorista mais atento e defensivo !!!
E até passei a discordar daquela preconceituosa frase: “Mulher no volante... perigo costante”

Ultimamente tenho observado a forma como as mulheres estão dirigindo. São muito mais comportadas e menos audaciosas no controle da máquina mortífera(com algumas excessões, é claro. Tem umas que arrebentam, rsrs). Pasmem os machões de plantão, elas estão muito bem na fita. Sem contar que o número de acidentes envolvendo mulheres motoristas é bem menor, a ponto das seguradoras terem preços diferenciados para elas.

Então, sugiro que pensemos seriamente em começar a mudar a frase para:
"MULHER NO VOLANTE, SEGURANÇA CONSTANTE".

Mas por ter sido criado vendo sempre meu pai dirigindo e nunca minha mãe, devo confessar que ainda fico apreensivo quando estou num carro que é dirigido por qualquer fêmea da espécie humana. Vale lembrar que cientificamente falando, o homem tem mais aptidões mecânicas, espaciais e cognitivas quando o assunto é direção. Mas mesmo assim tem muito barbudo barbeiro por aí e muita mulher fera sobre quatro rodas.

Só sei que minha batata está assando (quase queimada); e de agora em diante, estarei fazendo visitas constantes ao banco de passageiros do meu "pratinha". Sei que não vai ser fácil ficar de boca fechada quando presenciar as primeiras "curvas quadradas", mas, fazer o quê né? É pra lá que caminha a humanidade.

Tô apostando em você Sheiloca linda.
Não vão me decepcionar, hein ??? Pisa fundo e vamos em frente.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Banheiro sem papel

Foi Hilário !!! Aconteceu onde trabalho.

Estava na minha sala trabalhando tranquilamente, quando alguém chama lá do banheiro.
Quando me aproximei, a porta estava entreaberta e só se via uma mão acenando desesperadamente à procura de algo “precioso” – o papel higiênico. Pude também ouvir a frase: Puxa, isso só acontece comigo, caramba !!!!

Pensei... como alguém entra num banheiro e não olha se o papel acabou ??!!!
Sorte dele a colega de trabalho desceu até o supermercado para comprar.

Confesso que isso nunca aconteceu comigo. E você ?? Já amargou uma dessas ???

Não precisa ser necessariamente a falta do papel higiênico do banheiro; Pense bem, tem muitas situações parecidas onde a gente entra de cabeça, devido à busca de uma satisfação momentânea do ego e pronto... cadê o maldito papel ????

Essa falta de percepção é fatal em muitos casos, pois nada pior que entrar desarmado em terreno inimigo. Ainda mais num mundo altamente competitivo em que vivemos hoje. Não dá pra ficar desapercebido com os detalhes importantes. Tem que manter o foco e estar atento à tudo que te cerca.

E o pior de tudo é que na hora “H” ninguém vai até o supermercado pra comprar o precioso (e às vezes até perfumado) artigo para nós. Ao contrário, a moda hoje é puxar tapete, empurrar ladeira abaixo e bater em bêbado.

Ao contrário do exemplo que Cristo nos deixou (...vim ao mundo para servir e não para ser servido...) a humanidade vai demorar muito ainda para perceber que quando ajudamos ao semelhante, ajudamos a nós mesmo indiretamente.

Mas, enquanto o povão não aprende esse lance de ajuda mútua, te aconselho a olhar com mais atenção antes de se sentar no “trono” da ignorância emergencial involuntária. A coisa pode ficar feia. rs

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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Recolha-se à sua insignificância

A moda hoje é aparecer !!
E para conseguir isso tem gente que perde totalmente o senso do ridículo.

Confesso que tô de saco cheio (desculpem a linguagem chula) dessa exposição exagerada de nomes que não somam nenhum proveito à vida do nosso povão sofrido.

Na Globo, o big brother, (de novo) produzindo celebridades instantâneas que não tem alicerce para ficarem erguidas nem por um semestre sequer. Até tentam, mas talento não se compra.

Na Rede TV, cansei de tanto ver homosexuais e lésbicas falando de seus tórridos relacionamentos e de um monte de gente desconhecida tentando aparecer nos programas de auditório falando um monte de opiniões sem nexo algum só pra parecerem inteligentes, e muitos outros nomes que não quero fazer o esforço de lembrar.

O SBT não fica pra trás e também tem sua dose de encheção pra ver se consegue derrubar "a poderosa". Sem contar aquela palhaçada de mudar a grade de programação ao bel prazer do "Patrão".

Deixando a TV de lado, também vale lembrar que perto da gente também tem uma turminha que gosta de brilhar. Pra eles o negócio é ficar bem na foto, cravar a palavra final na sentença, fazer parte da diretoria do clube ou então se promover falando mal dos amigos.

Em suma, é gente demais nesse circo da vida tentando desesperadamente ficar dependurada por mais um segundo que seja no trapézio da fama.

Nessas horas lembro-me da frase típica que uma grande amiga costumava usar nos remotos, idos e áureos anos vividos na década de 80 na Igreja de Vila Nova.

“Recolha-se à sua insignificância”

Parece que as pessoas estão sempre querendo ser um pouco mais do que realmente são. Não querem mais ser gente normal, que cuida da própria vida e que curte um bom e sossegado anonimato. Ao contrário de tudo isso, aprendi com minha esposa como é divertido ficar de camarote observando o desenrolar das cenas.

Pude constatar uma outra verdade, tem gente por aí com um marketing pessoal incrível, mas que na hora do serviço pesado, na hora do “vamo vê”, deixam muito a desejar; amarelam, reclamam da vida e desistem com grande facilidade.

Resumindo: SEJA VOCÊ MESMO. Seja autêntico.
E pare de buscar aplausos pra tudo o que faz.

“Recolha–se à sua insignificância" e deixe que os outros também tenham a sua chance.

Em tempo:
Na Band o que tem salvado a pátria é o CQC (Custe o que custar) com suas perguntas cruas e sarcasticamente mal-intencionadas. Acho muito legal ver a cara do pessoal que gosta de posar de bom moço ou boa moça quando é pego de surpresa por uma pergunta capciosa. O povo tá ficando esperto galera.

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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

No centro da Terra

Postado originalmente em 12/08/2006


Semana passada conversei com uma amiga sobre os planos dela de ir embora de nossa cidade para tentar sucesso profissional noutros lugares.

Como eu nasci aqui e gosto da minha cidade, tentei, em vão, fazê-la entender que não é preciso mais sair da sua cidade para obter sucesso na vida. Depois da expansão da internet em grande parte do nosso planeta, a sensação de se viver numa "aldeia global" é muito nítida.

Numa revista Super Interessante que li há algum tempo,havia uma matéria escrita por um Europeu, ilustrada por outro sujeito que não me lembro de onde era (só sei que era de longe) e diagramada e impressa no Brasil. Isso mostra como estamos interligados através da rede mundial (a WWW).

Atualmente, tenho mandado trabalhos para lugares do Brasil que eu nem sabia da existência.
É "fantástico" fazer parte do cotidiano de pessoas que talvez eu nunca venha conhecer pessoalmente. Mesmo assim, teclamos e interagimos como se estivéssemos no mesmo prédio ou sala.

Apesar de tudo isso, não abro mão dos meus amigos do lugar comum. Aqueles a quem posso apertar a mão, dar um abraço e tapinhas nas costas. É igualmente prazeiroso, conversar ou fazer uma "palhinha" na porta da igreja ao final de um culto, bater papo numa fila do banco, cortar o cabelo com o mesmo barbeiro há 20 anos, ser reconhecido quando entrar numa loja, etc, etc

Enfim, é muito legal sentir que o meu mundo começa aqui, que o centro do planeta é aqui e não em Nova York, Berlim, Buenos Aires, Londres, Paris, São Paulo ou BH.

É daqui que tudo começa, de um cantinho das Minas Gerais.

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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Maquina do Tempo

Posto originalmente em 10/07/2007

Hollywood produziu muitos filmes com o tema Máquina do Tempo.
Acho que o mais famoso é De Volta para o Futuro com Michael J. Fox.

É interessante notar como o futuro desperta a curiosidade do ser humano. Muitos até "pagam" por ele.
Todos querem saber o que suas decisões de hoje ocasionarão às suas vidas no futuro.

Pensando nisso, me veio um entendimento interessante sobre o assunto
o qual gostaria de compartilhar com os assíduos leitores deste humilde blog.

As Máquinas do Tempo existem. Isso mesmo !!! Existem sim.
Mas não da forma como a indústria cinematográfica apresenta. Não vão te levar ao futuro, apenas o mostrarão.

As máquinas do tempo de que estou falando são os olhos das pessoas que já viveram muito mais do que nós.
As pessoas que já passaram pelos mesmos dilemas, desafios e dúvidas; e que hoje estão aí pra contar como foi.

Você deve estar pensando: "Mas minha vida é diferente de qualquer um" . Concordo; mas gostaria de argumentar que mesmo
sendo diferente, você faz parte de uma esfera humana da qual ninguem pode escapar. A vida de um jovem de 15 anos hoje, em termos
de decisões, muito se assemelha com a dos jovens de centenas ou milhares de anos atrás. As outras idades também.

O que quero dizer é que a história se repete. Você acaba fazendo o que todos fizeram ou algo semelhante.
O trunfo está em ouvir o que eles fizeram quando chegaram exatamente onde você está agora.
Que escolha tomaram no campo financeiro, no campo sentimental, profissional, etc.

As "máquinas do tempo" mais próximas de nós são nossos pais. Eles mostram com muita nitidez o que podemos ser no futuro ou que não gostaríamos de ser. É só prestar um pouco mais de atenção e você vai notar coisas incríveis.

Há pouco tempo perdi uma de mínhas "máquinas do tempo", a minha mãe. Hoje tenho apenas uma delas.
Apesar de não falar muito, meu pai tem me ensinado, com lições sutis e até involuntárias, muitas coisas que me serão úteis no futuro.

É como se ele pudesse ver o que vai acontecer comigo se eu manter esta ou aquela postura.
Uma das "pérolas" vindas dele que mais gosto é: "cozinha gorda... testamento magro" rs.

A Bíblia Sagrada já diz algo sobre o assunto há muito tempo. Leia Êxodo no capítulo 20, o 5º mandamento do Decálogo.
"Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os dias na Terra que o Senhor teu Deus te dá". Isso nos mostra que se
atentarmos ao que eles dizem, com certeza teremos mais chances nessa vida.

Meu conselho é que aproveitemos melhor os "olhos do futuro" que vivem entre nós.
Quem sabe assim, com suas lições, poderemos ser bem mais felizes, realizados e plenos.

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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A manga do casaquinho.

Postado Originalmente em 29/03/2007

Era a noite da sexta-feira dia 25 de Agosto de 2006.
Eu abacara de vestir a outra manga do casaquinho da minha filha caçula.

A mais velha estava ajudando minha esposa com a tradicional torta de atum.
A panela fervia no fogão enquanto Débora e Hanna se distraiam vendo um filme infantil de Alessandra Samadelo.

Logo em seguida, chegou a lata de milho verde enviada por Márcia, que havia tomado emprestado noutro dia. Naquele momento eu me sentia leve e tranquilo. Havia tomado um bom banho, feito a barba e me encontrava sentado à mesa da cozinha.

Fui ao studio, imprimir a lição da Escola Sabatina. Confesso não haver estudado naquela semana.
Passei na casa do meu pai, que afirmou ficar feliz quando ouve o
barulhinho do "machucador" de temperos, que é o indicador inconfundível da fina iguaria.

Nessa mesma semana, havíamos conversado com a diretora da escola.
Cheguei à conclusão que tenho que estar mais presente em casa, e participar mais do dia-a-dia da minha família. Preciso vestir mais vezes a "manga do casaquinho".

Ao passar os olhos na Sheila, sinto que os anos passaram muito depressa.
Há quase 14 anos estávamos no altar. Sinto que nosso amor se solidificou.

Gostamos da companhia um do outro e conversamos praticamente sobre tudo.
Temos muita cumplicidade e nossos gostos se tornaram mais harmoniosos. Amo esta mulher.

Adoro o som de sua feminina voz, seu sorriso sincero, seu cheiro inconfundível e sua pele macia. E tudo isso continua mexendo muito com meus sentidos.

Tenho uma linda família e acho que, como todo pai,
tenho que fazer um esforço para estar mais tempo junto.


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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Olhos - Janelas da alma

Originalmente postado em 15/02/2007

"Um dia ainda vou ver essa cidade com outros olhos"

Foi o comentário feito por um amigo ao olhar pela janela do meu estudio e ver a cidade quase sem movimento, pois era semana que antecedia o Carnaval.

A princípio não dei atenção ao comentário, mas depois, tomei algum tempo para pensar sobre o assunto. Vamos dividir a afirmativa em partes e tentar ler nas entrelinhas:

"... um dia..." - essa parte da frase indica que geralmente não sabemos nada sobre o amanhã. E realmente não deveriamos saber mesmo, pois perderia toda a graça do hoje. Mas isso não implica em parar de planejar ou de sonhar. Já dizia Jesus: Basta ao dia o seu próprio mal. Colocando de forma prática, não fique pensando "Um dia..." quando eu crescer; quando eu estiver mais magro; quando eu tiver um carro; quando eu estiver ganhando mais, etc. Não espere que aconteça alguma coisa para mudar de atitude quanto à vida, faça isso já.

"... ainda vou ver..." - aqui o nobre jovem que proferiu a frase acima talvez estivesse tentando expressar esperança, mas de forma muito tímida. O problema é que foi colocado um "ainda" na frase, e isso fez toda a diferença (pra pior). Com essa pequena palavra, ele abriu o precedente de que talvez não vá acontecer o que ele espera. A atitude mental de dúvida, faz com que não nos sintamos prontos para os reveses que encontraremos no caminho que separa o sonho da realização, o plano da ação. Se você plantar sementes de laranja, tenha certeza que não colherá uvas. Por isso, para se ter certeza dos fatos futuros, plante as sementes certas. Dessa forma, fica fácil saber como ficará o seu quintal daqui a alguns anos. Agora resposda: Quais sementes você está plantando ???

"... essa cidade..." - Cidade é um lugar onde moram muitas pessoas. É muito comum se sentir sozinho em um lugar distante, mas se sentir assim em sua própria cidade é muito preocupante. No lugar onde você mora, estão suas amizades, seus locais de visitação, sua família. É onde se desenvolve o seu senso de integração. Cidade implica relacionamento, não o "relacionamento" da internet (Orkut, Unik, gazzar, Myspaces, etc) mas sim, a incrível oportunidade de ver e conversar com pessoas de verdade (mesmo que não queiram falar com a gente). Uma coisa é certa: Invistir em relacionamentos aumenta suas chances de ser um grande amigo de todos e obter sucesso em sua vida pessoal e profissional. Use sua cidade pra isso, da forma mais prática possível, mas sem exageros.

"... com outros olhos..." - Só se for usando óculos - diria o tosco. Mas o que isso quer dizer mesmo ?? Significa aumentar o número de cores que seus olhos possam ver, é ter dicernimento, é saber ver os contrastes sutis da vida, sentir as diferenças de um modo geral. E nada melhor do que nossos olhos para representar essa capacidade única dos seres humanos. Einstein dizia que tudo é relativo do ponto de vista de quem observa. Então, é muito simples, não é preciso trocar os olhos para ver melhor. Que tal experimentar se colocar em um posto de observação diferente do rotineiro ??? Tente também mudar conceitos enraizados e cauterizados em seu modo de pensar. Quer um exemplo ?? experimente Jiló. A maioria nunca comeu esse legume somente pelo fato de outros falarem que não gostam. E assim vai !!! Te vejo no oculista. rs

Finalizando, saboreie seu hoje enquanto está sendo servido à sua frente como um delicioso prato de "pirão de costela" fumegando sobre a mesa (nada contra vegetarianos, rs).

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